top of page
Buscar

NECESSIDADES

Em nossa vida o equilíbrio é proporcional ao nosso grau de contato com o nosso eu profundo, que sabe das nossas necessidades e é capaz de nos orientar em nossas decisões. Escolhas baseadas em necessidades reais são boas escolhas, mesmo que não compreendidas pelas outras pessoas. Devemos tomar muito cuidado para não perdermos o foco do que necessitamos, ficando sujeitos às ações e reações do mundo exterior.


Estar com a nossa consciência voltada para o mundo externo, suas pressões e tensões, é mantê-la distante do nosso núcleo, das nossas reais necessidades. Quando fazemos isso desenvolvemos máscaras, personalidades, que com o tempo se consolidam e tornam-se o que somos capazes de mostrar ao mundo.


Este mecanismo alienante, distante de nós mesmos, é o caminho das tentativas. Este caminho produz acertos e erros, em geral mais erros que acertos. A cada fracasso, a cada obstáculo mais resistente, sentimos frustração e sofrimento. Muito possível que na nossa próxima tentativa já antecipemos a dificuldade e é assim que criamos um ciclo frustração-medo.


A dor, a frustração e o sofrimento produzem o medo. Medo de passar pelas mesmas experiências novamente e reviver tais sentimentos. Ele bloqueia o nosso movimento, pois a ação pode causar dor e a paralisia é a nossa defesa.


O imobilismo não evita o sofrimento, somente o mascara, pois não produz crises agudas, nos deixando num estado de torpor em relação ao fluxo da vida. Cada vez menos a nossa vida é criada por nós mesmos.


O medo do futuro é uma maneira de evitarmos os desafios do agora, nos transpondo para um estado abstrato em que as nossa ações tornam-se sem efeito.


Importante não esquecer o início desse ciclo, quando para sermos aceitos e compreendidos nos afastamos das nossas reais necessidades. Não existem duas pessoas iguais e igualmente as nossas escolhas não podem ser iguais.

Posts recentes

Ver tudo

Sentido para a Vida

Em meio aos muitos casos de ansiedade, depressão, e uso abusivo de substâncias, me deparo regularmente com pessoas com dificuldades para encontrar um sentido para a vida. “Me explica melhor o que sent

O TERAPEUTA

Eu era um jovem estudante de Medicina. Meu pai estava doente. Comemoramos juntos, naquele ano, a minha admissão em um disputado estágio de férias. O mundo estava abrindo as suas portas e eu caminhava

MINHA FAMILIA

Às vezes me pego pensando em como teria sido se eu tivesse vivido em outra família, que não a minha. É um exercício inútil, como todos que iniciam com a palavra “se”. Porém me faz refletir sobre os s

bottom of page