Por muito tempo acreditou-se que a compreensão de situações emocionais seria o suficiente para promover um ganho terapêutico. Foi a valorização do entendimento, da percepção do que está ocorrendo.
Para ocorrer um crescimento necessitamos nos comprometer e assumir responsabilidade pelos fatos da nossa vida e para isso precisamos agir. Mudança é o resultado da ação. O conhecimento é necessário, mas é apenas uma etapa do processo de transformação.
Ação envolve interagir com o mundo físico e interpessoal ao nosso redor.
Uma simples exortação de responsabilidade pode ser o suficiente para gerar ação em alguns casos: “Você é o artífice, o mentor da sua vida, que é resultado das suas escolhas e dos seus atos”.
Porém, na maior parte das vezes, isso não é o suficiente. O processo de passar da compreensão para a ação pode ser lento e gerar muita frustração.
O grande objetivo da psicoterapia é gerar liberdade para fazer escolhas. Para fazer escolhas é preciso um contato verdadeiro com a vontade, que é o ato de afirmar e negar coisas em geral, e com o desejo, que pressupõe termos uma necessidade clara mais específica dentro de nós.
O caminho que transita pela liberdade, pela vontade e pelo desejo costuma ser tortuoso e não previsível. Isso, muitas vezes, gera uma simplificação dos nossos atos, abdicando da nossa liberdade.
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